Biomassa

Em Portugal, a floresta tem vindo a perder interesse e relevância nas contas económicas dos agricultores, quer em resultado dos incêndios florestais, quer pela redução da procura de madeira pela indústria da primeira transformação e pela desvalorização contínua do preço da madeira. 
Assiste-se ao seu abandono em resultado desses fatores, com consequências no agravamento do risco de incêndio e de incidência de agentes bióticos nocivos, na perda de produtividade e comprometendo a qualidade do material lenhoso a obter no corte final.  

A valorização económica através do aproveitamento bioenergético dos sobrantes da gestão (desbastes e desramações) e da exploração florestal poderia constituir um fator de indução para o investimento produtivo. 

As áreas de matos e terrenos incultos têm vindo a aumentar, ano após ano, em resultado dos incêndios florestais recorrentes e do abandono progressivo da atividade agrícola e florestal. 

No domínio do aproveitamento energético dos recursos endógenos é de referir que na Região Centro, a utilização de bioenergia parece ser uma solução viável, decorrente da valorização dos recursos florestais existentes, nomeadamente sobrantes da gestão e exploração florestal e/ou subprodutos da primeira transformação de madeira. 
De referir que no Concelho de Miranda do Corvo, existe o CBE – Centro de Biomassa para a Energia com a finalidade de promover a valorização da biomassa através da otimização e conhecimento das suas várias cadeias de valor, desde a produção e gestão da biomassa, passando pela recolha, tratamento e transporte, até à utilização e consumo, contribuindo deste modo para a melhoria da gestão integrada de recursos, para a prevenção dos fogos rurais e para a transição energética baseada numa maior neutralidade carbónica. 

Assembleia de Compartes dos Baldios de Gondramaz e Cadaval