A certificação tem-se expandido em Portugal num contexto de promoção do desenvolvimento socioeconómico de territórios rurais. As indicações geográficas e as denominações de origem constituem designações atribuídas após a certificação de qualidade e singularidade. 

Como em qualquer ecossistema a certificação florestal é parte integrante da própria dinamização da floresta nacional. Em Portugal, a floresta atravessa grandes desafios nomeadamente: melhoria da gestão florestal, diminuição do flagelo dos incêndios florestais e minimização do seu impacto, e esforço para garantir a sustentabilidade dos recursos.   

A Certificação Florestal constitui um mecanismo fiável e credível que demonstra a quem compra a madeira que esta provém de uma gestão responsável, de florestas bem geridas que oferecem benefícios ambientais, sociais e económicos como uma forma de valorização e diferenciação de mercado. 

A Certificação Florestal implica que a gestão praticada se faz de acordo com um sistema de valores reconhecido internacionalmente, valorizado monetariamente pela indústria. Certificar uma floresta, significa que nessa área o proprietário se compromete a: 

   i) optar por práticas responsáveis perante os recursos naturais existentes, ou seja, que praticam boas práticas ambientais; 

   ii) efetuar os trabalhos/serviços recorrendo a pessoas que adotam procedimentos que lhes diminuem os riscos de acidentes e doenças de trabalho, ou seja, que realizam boas práticas sociais; 

   iii) promover uma maior eficiência dos recursos, ou seja, promovem boas práticas florestais. 

Sendo os custos de certificação elevados, a que acrescem custos de manutenção e de atualização torna-se determinante a escala da produção e os apoios conseguidos. 

Nos Baldios de Gondramaz e Cadaval os produtos com potencial para a certificação são: a madeira, o mel, tendo em conta que se encontra na zona de abrangência do Mel da Serra da Lousã (com Denominação de Origem Protegida – DOP), o cabrito….